quarta-feira, 23 de maio de 2012

Malafaia irá devolver dinheiro que foi doado pela prefeitura do Rio e sobrou na organização da "Marcha para Jesus"


Durante a concentração da Marcha para Jesus do Rio de Janeiro, o pastor Silas Malafaia, presidente da COMERJ, que comandava o evento, comunicou que devolveria parte do dinheiro recebido pela prefeitura para a realização do ato religioso que reuniu cerca de 300 mil pessoas no último sábado (19).

A Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, destinou R$2,48 milhões para a organização da Marcha, mas deste valor o pastor assembleiano se comprometeu a devolver R$410 mil que não foram utilizados porque a Associação Vitória em Cristo, presidida por ele, também colaborou financeiramente com o evento.

“Pela primeira vez tivemos o apoio da prefeitura na organização, mas comunico que devolvo parte do dinheiro que a prefeitura nos deu para organizar. O povo de Deus é correto”, disse Malafaia que estava ao lado do prefeito Eduardo Paes e do senador Lindberg Faria.

A Marcha para Jesus do Rio começou às 14h40 saindo da Central do Brasil rumo a Praça da Cinelândia, sete trios elétricos guiaram as centenas de milhares de pessoas que saíram pelas ruas declarando que Jesus Cristo é o Senhor.

Aproveitando a reunião, Malafaia usou o espaço para explicar os motivos que o levam a ser contra ao PL 122 que criminaliza a homofobia. “Nós, evangélicos, podemos criticar a conduta dos homossexuais, porque a constituição garante liberdade de expressão. Não discriminamos os homossexuais, mas condenamos o homossexualismo”, disse ele.

Sobre o dinheiro dado pela prefeitura para eventos como a Parada Gay, o líder religioso não se mostrou contrário. “Acho que o papel da prefeitura é apoiar todos eventos, manifestação católica ou parada gay. Sou contra qualquer tipo de descriminação, qualquer tipo de preconceito. Tenho amigos gays”.

Mas Malafaia também ironizou sobre a verba gasta com esses eventos. “Quero ver parada gay devolver algum dinheiro de evento”. Silas Malafaia é considerado um dos maiores inimigos do movimento LGBT por se posicionar contra leis que, segundo ele, geram privilégios para os homossexuais, como psicólogo ele afirma que é um comportamento e não uma característica do ser.

Com informações de O Globo e Gospel Prime

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